Pedido de vista adia votação da LOA 2026 e expõe novas divergências na AL
Redação
Orçamento
A primeira votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, prevista para ocorrer nesta quarta-feira (26), acabou sendo adiada após seis deputados estaduais apresentarem pedido de vista. A medida interrompeu a análise da peça orçamentária, que prevê receitas de R$ 40,7 bilhões para o próximo ano.
Solicitaram vista os parlamentares Janaina Riva (MDB), Carlos Avallone (PSDB), Lúdio Cabral (PT), Valdir Barranco (PT), Dilmar Dal’Bosco (União) e Wilson Santos (PSD), travando o avanço da votação.
A LOA está na Assembleia desde outubro, mas já vinha sofrendo atrasos por conta do impasse entre os poderes Legislativo e Executivo sobre o reajuste de 6,8% aos servidores do Judiciário. Os deputados entram em recesso no dia 17 de dezembro, e o texto precisa ser aprovado ainda este ano para evitar que o Estado inicie janeiro com o orçamento contingenciado.
Segundo a Secretaria de Fazenda, o orçamento de 2026 prevê receitas e despesas de R$ 40,790 bilhões, representando um crescimento de 10,02% em relação aos R$ 37,076 bilhões autorizados para 2025.
O tema, porém, tem gerado forte divergência interna. Alguns deputados afirmam que o valor estimado está subdimensionado, e o presidente da Assembleia, Max Russi (PSB), já apontou erros e criticou a forma de distribuição dos recursos feita pelo Executivo.
O governador Mauro Mendes (União), por sua vez, disse estar aberto a ouvir as ponderações dos parlamentares da base sobre as falhas apontadas no projeto.
Com o adiamento, a análise da LOA deve retornar à pauta na próxima semana. Durante a sessão, o deputado Júlio Campos (União), que presidia os trabalhos, garantiu que não serão concedidos novos pedidos de vista, reforçando que a votação deve ocorrer dentro do prazo.