MT registra uma das maiores taxas de mortes por intervenção policial do país


23/11/2025 às 08:17
Redação

Anuário de Segurança Pública

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025 revelou que Mato Grosso encerrou o ano de 2024 com uma das maiores proporções de mortes decorrentes de intervenções policiais em todo o país — índice superior ao registrado no próprio Rio de Janeiro, historicamente conhecido pelos confrontos armados.

Segundo o levantamento, 19% de todas as mortes violentas intencionais (MVI) ocorridas no estado no ano passado tiveram origem em ações policiais, enquanto no Rio de Janeiro essa proporção ficou em 18%. O percentual coloca Mato Grosso no grupo de seis estados onde a letalidade policial representa entre 10,1% e 20% do total de mortes violentas. Também integram essa faixa Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Paraná e Rio de Janeiro.

Taxas por habitante também chamam atenção

Quando analisadas as taxas por 100 mil habitantes, Mato Grosso aparece com 5,6 mortes por intervenção policial, a quinta maior taxa do Brasil e quase o dobro da média nacional, que é de 2,9 por 100 mil.

Os estados com índices superiores incluem Amapá (17,1), Bahia (10,5), Pará (7,0) e Sergipe (6,3). Goiás, Rio de Janeiro, Paraná, Tocantins e Mato Grosso do Sul também ficaram acima da média nacional.

Queda nas mortes de policiais

Apesar da elevação na letalidade policial, o estado registrou queda de 33,3% nas mortes de policiais entre 2023 e 2024. Com isso, Mato Grosso aparece entre os dez estados que apresentaram redução, ao lado de Amazonas, Rio Grande do Norte, Paraíba, Paraná, Goiás e Pernambuco.

Cuiabá também registra números elevados

Na capital, Cuiabá registrou 30 mortes decorrentes de intervenção policial em 2024, enquanto um policial morreu em situação de confronto. Além disso, o relatório aponta que 35,2% dos municípios mato-grossenses tiveram ao menos um caso de MDIP no último ano.

Os dados reforçam o alerta sobre a necessidade de políticas públicas voltadas tanto para a redução da violência quanto para o aperfeiçoamento das práticas de segurança, com foco na prevenção, treinamento e protocolos mais rigorosos para o uso da força.

 

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