Cerqueira cobra ação e critica falta de investimentos no DAE/VG
Redação
Cobranças
Durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (24), nas dependências do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE/VG), o presidente da Câmara Municipal, vereador Wanderley Cerqueira (MDB), criticou a prefeita Flávia Moretti (PL) pela falta de investimentos e de articulação política para enfrentar a crise no abastecimento de água que afeta diversos bairros do município.
Segundo o parlamentar, o Legislativo tem feito sua parte ao aprovar medidas de apoio ao órgão e aos consumidores. “A Câmara já contribuiu, aprovando o desconto de juros e multas e limitando a cobrança de débitos do DAE aos últimos cinco anos. Mas o que realmente falta é investimento”, destacou Cerqueira.
O vereador afirmou ainda que, em quase um ano de gestão, a prefeita já poderia ter tomado providências concretas. “Ela teve tempo suficiente para comprar motores e bombas que reforçassem o sistema. O problema é falta de iniciativa”, criticou.
Cerqueira também apontou falhas na articulação política da prefeita, que, segundo ele, deixou de buscar apoio junto aos parlamentares do próprio partido para garantir recursos federais. “Faltou união e diálogo com a bancada do PL. Eu mesmo consegui mais de R$ 10 milhões em emendas para obras em Várzea Grande, então é possível fazer mais quando há vontade e gestão”, ressaltou.
Durante a coletiva, o presidente do DAE, coronel Zilmar, informou que há cerca de 40 projetos em andamento voltados à modernização do sistema, incluindo telemetria e automação das estações e pontos de captação. Ele explicou que a autarquia aguarda recursos do PAC, estimados entre R$ 16 e R$ 17 milhões, para construir novos reservatórios.
Zilmar reconheceu que o problema é antigo e estrutural, mas pediu calma à população diante dos protestos marcados contra a falta de água. “O crescimento urbano foi muito maior que a capacidade da estrutura. Precisamos de novos reservatórios e da interligação entre as ETAs Imigrantes e Cristo Rei. O projeto existe, mas depende de financiamento”, afirmou.
Ele também alertou para o estado crítico de parte da infraestrutura atual. “Há reservatórios totalmente deteriorados, o que compromete o abastecimento. A situação não é nova, mas é urgente agir para mudar essa realidade”, concluiu.