Dilemário pede convocação urgente de Emanuel Pinheiro à CPI da CS Mobi
Redação
CS Mobi
O vereador Dilemário Alencar (Podemos), líder do prefeito Abílio Brunini (PL) na Câmara de Cuiabá, protocolou nesta quinta-feira (26) um pedido de convocação urgente do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o contrato firmado entre o Município e a empresa CS Mobi, responsável pelo estacionamento rotativo na capital.
Dilemário defende que Emanuel esclareça pontos considerados obscuros do contrato, assinado durante sua gestão, que obriga a Prefeitura a repassar mensalmente R$ 650 mil à empresa por um período de 30 anos. Segundo o vereador, os valores podem ultrapassar R$ 650 milhões ou até R$ 1 bilhão, considerando os reajustes ao longo da concessão.
“O ex-prefeito Emanuel Pinheiro precisa explicar por que firmou um contrato que compromete os cofres públicos por três décadas, obrigando os cuiabanos a custearem mensalmente R$ 650 mil para essa empresa”, declarou o parlamentar.
Dilemário também mencionou que Emanuel teria ingressado com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) para suspender a gratuidade no estacionamento para idosos e pessoas com deficiência — o que, segundo ele, favoreceria a CS Mobi.
O vereador classificou o contrato como prejudicial ao interesse público e afirmou que a empresa utilizará recursos oriundos dos repasses da Prefeitura para realizar obras como o novo Mercado Municipal. “É com dinheiro do munícipe que essa empresa está construindo a maioria das obras previstas”, afirmou.
Dilemário cobrou um posicionamento rápido do presidente da CPI, vereador Rafael Ranalli (PL), sobre a convocação, e defendeu que, se necessário, Emanuel Pinheiro seja conduzido coercitivamente à oitiva. “Se for preciso, que venha sob vara”, declarou.
Por fim, o parlamentar criticou a CS Mobi por acionar o Tribunal de Contas do Estado (TCE) para pedir reajuste nas tarifas e cobrar o cumprimento integral do contrato. Ele também levantou a suspeita de possível conluio entre o ex-prefeito e a empresa.
“Parece um jogo combinado. Emanuel entra com a Adin para derrubar a gratuidade, a empresa entra no TCE cobrando mais tarifas e agora quer calar o atual prefeito. Isso precisa ser investigado a fundo”, concluiu.