Edson Café, ex-integrante do Raça Negra, morre aos 75 anos em situação de rua
Redação
DESCASO
Edson Café, ex-violonista que integrou o grupo Raça Negra durante sua fase de maior sucesso, faleceu aos 75 anos após ser encontrado inconsciente em uma calçada na zona leste de São Paulo, no último dia 1º de junho. O músico foi socorrido pela UPA do Carrão e, posteriormente, transferido ao Hospital Municipal do Tatuapé, onde morreu pouco depois. A causa da morte ainda não foi confirmada.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado, as circunstâncias que antecederam o resgate seguem sob investigação. Familiares reconheceram o corpo no Instituto Médico Legal (IML), e o caso repercutiu com pesar entre fãs e antigos colegas de banda, mesmo com o músico afastado do Raça Negra há mais de duas décadas.
Nos últimos anos, Café enfrentava uma dura batalha contra a dependência química. Após sofrer um derrame, perdeu os movimentos dos braços e passou a viver em situação de vulnerabilidade. O vício em crack e maconha, somado à falta de apoio estruturado, o levou às ruas. Tentativas de recuperação aconteceram, com internações em clínicas e um período em que chegou a morar com os filhos no Rio de Janeiro. No entanto, conflitos familiares o fizeram retornar à condição de rua.
A assessoria do Raça Negra confirmou que o músico não fazia mais parte da banda e que, apesar do passado em comum, não havia vínculos recentes com Café. Sua morte levanta um alerta sobre a realidade de tantos artistas que, após viverem o sucesso, acabam esquecidos e enfrentando abandono e invisibilidade.
Fonte: O Fuxico