Felipe Neto desmente candidatura à presidência e critica discurso autoritário que fez: 'Leiam um pouco mais'
Redação
Influenciador fez ainda propaganda de lançamento de audiolivro
A eleição de 2026 para presidência da república ainda não vai ser, aparentemente, uma edição com famosos. Assim como Gusttavo Lima anunciou candidatura e desistiu, Felipe Neto agora fez o mesmo. A diferença é que o influenciador já quis dizer de cara que concorrer a cargo público nunca foi intenção dele e tudo não passou de estratégia para chamar a atenção dos seguidores.
"É óbvio que não vou me candidatar a coisa alguma. Eu espero, no fundo do coração, que vocês não tenham acreditado", começou o youtuber.
No primeiro vídeo, em que lançou a candidatura, o carioca usou várias frases do livro "1984", de George Orwell. Muitas relacionadas ao autoritarismo.
"Tudo que eu falei naquele vídeo que eu me candidatei à presidência da república, é o oposto do que eu acredito. Foram falas ao autoritárias que eu fiz de propósito. E se você acreditou, ou pior, se você gostou do que eu falei, talvez você precise ler um pouco mais. A literatura, ela é a maior arma que uma sociedade tem para enfrentar qualquer tipo de autoritarismo. Os livros, eles têm o poder de transformar esse país e com certeza para melhor", explicou.
Na sequência, o também empresário aproveitou para fazer uma campanha publicitária de lançamento de um novo audiolivro justamente da obra "1984".
"Se você já teve contato com a obra '1984', deve ter percebido que o meu discurso falso do vídeo de ontem foi totalmente inspirado no governo ditatorial que está lá na história do livro. Inclusive, muitas das frases foram copiadas para vocês perceberem. É claro que eu não vou lançar rede social nenhuma para monitorar, para controlar as pessoas. Afinal, infelizmente isso já acontece."
O que Felipe Neto disse no falso discurso
Felipe Neto anuncia sua pré-candidatura à Presidência da República em 2026 — Foto: Reprodução de Instagram
Ao anunciar a falsa pré-candidatura, Felipe Neto disse que criaria uma nova rede social e a partir dela moldaria políticas públicas. Livros didáticos, por exemplo, seriam adaptados para o que acha a maioria, ou seja, perderiam as evidências científicas que os guiam.
"Estou lançando uma nova rede social: a Nova Fala. É uma espécie de laboratório onde cada cidadão, enquanto interage com os conteúdos, cede voluntariamente informações para que nós possamos saber as reais preferências e necessidades do povo brasileiro. Essa rede seria algo como um ministério, ainda vou definir qual, talvez o da verdade. No mínimo, ela ajudaria a gente a entender qual a opinião da maioria sobre cada momento da história. E aí os livros didáticos retratariam a vontade da maioria, como deve ser numa democracia", disse.
O então candidato também adotou discursos sobre ser o vigilante da população.
"Na melhor das hipóteses, a rede Nova Fala permitiria criar uma plataforma de governo neutra, sem qualquer ideologia, mas uma posição do povo, do qual eu seria apenas e humildemente um porta-voz da verdade. Assim como um pai precisa vigiar seu filho para educá-lo bem, é isso que precisa fazer o líder de uma nação. É isso que quero ser para o povo brasileiro: um pai tão generoso quanto vigilante, ou, se eu for jovem demais ao menos para isso, quero ser como um irmão mais velho", disse.
Fonte: Extra