Secretário some e não responde pedido de ajuda ao bairro carrapicho
Suzana Agnello
Várzea Grande
Parece que a novela da limpeza do bairro Carrapicho em Várzea Grande, segue sem um final feliz. Isso porque, descontente e frustrado com toda situação precária que se encontra o bairro, o líder comunitário Júnior do Carrapicho segue pedindo ajuda para a região que sofre com a falta dos mínimos serviços para moradores viverem com dignidade. Entre eles, a limpeza com recolhimento de lixos, responsabilidade da Secretaria de Serviços Urbanos.
Durante uma recente manifestação, ele expressou sua indignação com a ausência de ação efetiva por parte da prefeitura de Várzea Grande, que deveria fazer ao menos uma vistoria para averiguar os problemas e dar sequência nas promessas de ajuda.
"Na quinta-feira, a prefeitura enviou uma representação, o inspetor Juliano da Guarda Municipal, que veio em nome da prefeita. Ele prometeu que na sexta-feira (14) me daria uma posição sobre a formação de uma comissão local para discutir nossas necessidades", contou Júnior.
No entanto, a expectativa gerada pela promessa não se concretizou: "Na sexta-feira, ninguém apareceu. Apenas ligações e promessas vazias."
Júnior relatou que, após a manifestação, recebeu contatos de outros representantes da administração municipal, como o vice-prefeito Tião da Zaelli, que também prometeu visitar o bairro. "Ele disse que viria na sexta à tarde ou no sábado, mas até agora ninguém veio me procurar", lamentou.
A frustração de Júnior e dos moradores, acaba sendo compreensível diante do histórico de promessas não cumpridas. As dificuldades enfrentadas pela comunidade vão além das questões administrativas; elas impactam diretamente a saúde e a qualidade de vida dos moradores.
Na temporada de chuvas, as ruas se tornam intransitáveis, contribuindo para o surgimento de doenças como a chikungunya. "Nossas crianças estão adoecendo por conta dessa situação", enfatizou Júnior.
Além disso, a falta de transporte público adequado impede que as crianças frequentem a escola, agravando ainda mais a situação educacional do bairro. "As nossas crianças não estão indo pra escola", ressaltou o líder comunitário.
Júnior do Carrapicho clama por um diálogo efetivo entre a comunidade e os gestores públicos. "Se nós não fizermos isso, ninguém vai fazer nada", concluiu ele.
Outro lado
Procurado pela reportagem na manhã desta segunda-feira (17), o novo secretário de Serviços Urbanos, Lucas do Chapéu do Sol (PL), ficou de dar uma resposta sobre o caso, mas até o fechamento desta matéria não respondeu às mensagens e nem às ligações.
Seguidores do novo gestor afirmaram em grupos de Whatsapp que Lucas teria prometido ajudar a região. Mas, segundo o líder comunitário, até o momento não recebeu nem ligação para falar sobre o assunto.