Vereador de VG é acusado de humilhar servidora e cometer assédio moral “Sou vereador. Abra a porta”
Larissa Malheiros e Suzana Agnello
Várzea Grande
O vereador Kleber Feitosa (PSB) está sendo acusado por algumas servidoras da Secretaria de Educação de Várzea Grande de cometer assédio moral contra elas. Segundo umas dessas servidoras, que não vamos revelar o nome, a pedido da mesma, que se encontra abalada emocionalmente, tudo começou na sala de espera do gabinete do secretário de Educação, Padre Edson. O fato teria ocorrido na primeira quinzena de janeiro, como relatou com exclusividade para o site noveen.
A história, de acordo com a servidora, começou ainda na gestão passada, quando o vereador pediu a cedência de uma servidora. Na época, Feitosa que ainda não era vereador conseguiu a cessão , mas ainda esperava os tramites para conclusão. Mas, agora que tomou posse do cargo, voltou a procurar a pasta para solicitar ao atual secretário Padre Edson que realizasse o feito.
No dia em que chegou ao gabinete do padre foi informado que o mesmo estava em reunião, e ficou aguardando na sala de espera. Mas, não contente em esperar pediu para a servidora anotar o nome da pessoa do qual solicitou a cedência para que o secretário resolvesse o caso. Neste meio tempo, o parlamentar desceu as escadas, e casualmente a reunião do padre terminou.
Feitosa, segundo a servidora, subiu furioso, e apontando dedo para ela, começou a gritar: “ Você está achando que sou palhaço, sou vereador, você nunca mais vai fazer isso comigo. Abra a porta que vou falar com o secretário”.
“Eu me tremia toda, fiquei com muito medo, nunca havia passado por isso. Se tivesse um homem perto, com certeza vendo tudo aquilo, não iria aceitar o que ele estava fazendo com uma mulher”, desabafou ela.
Ainda sobre o ocorrido, ela contou que desceu do gabinete chorosa, quando foi informada por outra servidora que o vereador teria ido no setor do RH da Secretaria e tratado outra servidora do mesmo jeito. Além disso, ela relatou que ele voltou no setor com dois seguranças.
A servidora comentou que já adotou as medidas necessárias para garantir sua segurança e irá registrar o fato na delegacia da mulher. Também pediu exoneração e mantém sigilo sobre seu futuro, com medo do vereador.
Procurado pela reportagem o vereador disse que não sabe de nada. “Não estou sabendo disso não”.