Câmara Municipal de Várzea Grande inicia 2025 com divisão de grupos e conflitos internos
Suzana Agnello
Novo Legislativo
A Câmara Municipal de Várzea Grande, conhecida informalmente como "Casa dos Artistas", realizou sua primeira sessão de 2025, marcada por uma clara divisão entre os vereadores. Os grupos, apelidados de G5 e G18, referem-se ao número de parlamentares em cada lado, evidenciando a polarização política na casa legislativa.
O primeiro projeto a ser discutido na sessão envolveu a distribuição de cargos destinados a cada vereador, gerando acaloradas discussões. O vereador Rogerinho Dakar (PSDB), que cumpre seu terceiro mandato, não hesitou em ameaçar levar a questão ao Ministério Público. "Então meus senhores, fiquem à vontade, vocês são a maioria. O que eu só quero deixar aqui é que espero que isso não seja uma retaliação pra nós que fizemos a Chapa 2. Se for provada essa retaliação, você pode ter certeza de que vou ao Ministério Público e vou denunciar", afirmou Dakar, enquanto seu microfone foi cortado diversas vezes durante sua fala.
Por outro lado, o estreante parlamentar Feitosa (PSB) também se manifestou durante a sessão, tecendo críticas ao atual presidente da Câmara, Wanderley Cerqueira (MDB). "É o meu primeiro mandato e eu vejo. Se não cumprir a lei, vai ter consequência... E as consequências já estão aqui: o mandato de segurança e a decisão do juiz sobre o senhor nomear nossos funcionários", declarou Feitosa em tom desafiador.
A sessão inaugural não apenas marca o início do ano legislativo, mas também indica um clima tenso entre os parlamentares, com promessas de intensas disputas políticas nas próximas sessões.