Naldo diz que foi o responsável por show de Chris Brown no Brasil: ‘Eu impulsionei’
Redação
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Neste final de semana, sábado, 21, e domingo, 22, após 14 anos, Chris Brown estará de volta ao Brasil e se apresentará no Allianz Parque, em São Paulo. O rapper americano, que surgiu na música em 2005 e foi definido por alguns veículos de crítica como o “novo Michael Jackson”, tem um grande ídolo brasileiro: o cantor Naldo, que se tornou motivo de piada nas redes sociais após fazer diversas declarações sobre sua relação com o rapper norte-americano, afirmando ser um grande amigo de Brown.
Em 2023, Chris Brown se pronunciou sobre a “suposta amizade” com Naldo. Na ocasião, o americano comentou uma publicação de um Instagram brasileiro que postava um trailer fictício de um filme sobre o artista carioca.
No trailer do “filme”, produzido por Maikon Zambido, há o encontro entre Chris e Naldo, da forma como foi relatado pelo brasileiro. Eles teriam se conhecido pessoalmente em uma festa do americano, em 2018. Naldo teria sentido vergonha de falar com Chris, mas o anfitrião teria ido até o artista, dizendo admirá-lo e perguntando se ele queria comer, fumar ou beber algo.
Chris comentou com o emoji “facepalm”, com a mão no rosto. A figurinha é geralmente utilizada para demonstrar constrangimento, mas Naldo celebrou o fato de ter sido notado novamente pelo artista.
“O homem comentou, Glória a Deus por tudo!”, escreveu. “Ele comentou e coçou o olho de novo, pensando ‘no fucking shit’, é o Naldo que está ali.”
Chris Brown e Naldo (Reprodução/Instagram)
Em entrevista exclusiva ao site IstoÉ Gente, Naldo falou sobre sua verdadeira relação com Chris Brown, como lida com a fama de mentiroso nas redes sociais e ainda revelou que foi o principal responsável pelo show do rapper no Brasil. Completando 25 anos de carreira no ano que vem, Naldo vai celebrar a data em grande estilo, com um projeto audiovisual, desta vez dedicado ao pagode, intitulado “Casa do Naldo”. O artista deu detalhes de como a ideia do disco surgiu. Confira o bate-papo na íntegra!
ENTREVISTA
ISTOÉ GENTE: Ano que vem, você completará 25 anos de carreira. Como analisa sua trajetória até aqui? Faltou algo que ainda não realizou?
Naldo: 2025 será um ano muito especial para mim, comemorando 25 anos de carreira. Ao refletir sobre minha trajetória, percebo que conquistei muitas coisas, graças a Deus. No entanto, ainda tenho um grande sonho no meu lado musical: ganhar um Grammy. Isso ainda falta na minha carreira.
ISTOÉ GENTE: Você começará em breve a produzir um novo disco dedicado ao pagode. Como surgiu a ideia?
Naldo: A ideia do pagode surgiu de composições que fiz para artistas como Belo, Alexandre Pires, Claudia Leitte, Vanessa, Ludmilla, Pagode da Ofensa, Xande de Pilares, Preta Gil. Componho para muitos. O grupo Disfarce já gravou músicas minhas; já fiz coro para vários grupos de pagode, fui backing vocal anos atrás. Tudo isso está muito presente na minha vida. Recentemente, participei de uma música com o Pagode do Adame, que está estourada nas ruas.
A música “Depois do Amor”, que o Belo gravou com a Perlla, é uma composição minha. Gravei cantando essa música, e o público ficou impressionado com minha performance vocal; para alguns, foi uma surpresa. Isso me impulsionou a fazer um projeto de pagode, algo que já queria há muito tempo. Tive reuniões com Prateado há cerca de sete anos para esse projeto, e agora achei que era o momento certo. O projeto está incrível, com músicas inéditas, regravações e participações especiais. Posso adiantar algumas: Xanddy do Harmonia do Samba, Pagode da Ofensa, Suel; essas participações estão confirmadas, e há outras grandes aguardando confirmação.
Sobre adotar o pagode na minha carreira, como mencionei, sempre transitei nesse universo. Comecei minha carreira sendo contratado pela EMI, em 1999, através do Bira Haway, produtor musical de pagode e pai do Leonardo, que foi o primeiro a me ouvir e me levar para uma multinacional. Então, desde o início, tive uma grande proximidade com o pagode. Frequentava o estúdio Companhia dos Técnicos, no Rio de Janeiro, tradicional no pagode, e via muitos artistas gravando: Revelação, Bira, Produzindo vários grupos, Prateado. Isso aconteceu há 25 anos. Via o Laécio Sapucaí tocando percussão, gravando; presenciava isso diariamente. Esse universo é natural para mim. Quero fazer muito mais, não só esse projeto como Naldo, mas muito mais. Acho que agora teremos uma dualidade positiva e prazerosa para mim.
ISTOÉ GENTE: Há algum sonho profissional que ainda não realizou?
Naldo: Um sonho profissional que ainda não realizei é o Grammy Internacional. Agora, em 2025, fico feliz por poder dar dois presentes aos meus fãs, algo que nunca fiz na carreira: lançar dois álbuns simultaneamente. Um será de pop funk, urbano, e o outro de pagode. A resposta do pagode tem sido muito forte nas ruas. Vou presentear os fãs com isso; nunca tinha feito antes, e agora vou realizar.
ISTOÉ GENTE: O show do Chris Brown em São Paulo acontece nos dias 21 e 22 de dezembro. Você foi o responsável por trazer o cantor ao Brasil? Vai estar presente e participar da apresentação?
Naldo: O tão esperado show do Chris Brown em São Paulo! Todas as vezes que estive com o Chris Brown, sempre disse a ele que seria muito bem-vindo no Brasil. Conversando pelo Direct, sempre demonstrei um grande carinho, representando a enorme base de fãs que ele tem aqui. Deixei claro que o Brasil o ama e que ele seria super bem-vindo. Fui ao show dele em 2008 ou 2009, no Citibank Hall, no Rio de Janeiro. Tudo isso tem um significado muito forte para mim, como fã, como irmão, como parceiro.
Embora não tenha participado diretamente das negociações, que são feitas por empresas, acredito que impulsionei bastante para que ele viesse. Temos uma grande novidade: estarei envolvido nesse show. Acompanhe-me para mais novidades!
ISTOÉ GENTE: Qual é a sua relação com o Chris Brown?
Naldo: Minha relação com o Chris Brown evoluiu além de ídolo e fã. Quando ele me seguiu no Instagram em 2016 — está lá no meu Instagram e no dele —, até repostou uma foto minha usando um casaco da grife dele, após um show que fiz em Nova York. O show foi um sucesso, casa cheia, e atribuí aquela boa fase à Black Pyramid, que me deu sorte. Foi muito legal ele me seguir. Falo do Chris Brown desde 2008, nas entrevistas que comecei a fazer em carreira solo; sou muito fã dele.
Senti honrado por ter tanto carinho de um ídolo, meu maior na música, e por termos essa conexão, nos conhecermos, conversarmos, vê-lo dançando a dois metros de mim. É uma alegria imensa. Para quem é fã de um artista internacional, conseguir estar próximo, tirar uma foto, ser seguido no Instagram, ter um post curtido, é muito gratificante.
Acredito que o sentimento que tenho por ele é tão forte, e Deus é tão bom, que isso aconteceu. Torço muito por ele, para que tudo corra maravilhosamente bem em sua carreira; acho-o mega talentoso e vibro com suas vitórias. Existe uma sintonia de fã e ídolo e, de certa forma, quando ele me seguiu, até curtia minhas coisas. Não é uma situação platônica, mas real, de nos conhecermos de fato.
ISTOÉ GENTE: Algumas histórias curiosas contadas por você acabaram lhe rendendo a fama de mentiroso nas redes sociais. Como lida com isso? Você mente?
Naldo: Quanto às histórias e memes, todos sabem que há fotos e vídeos; é super real, mega real. Mas algumas pessoas acabam inventando histórias. Chega um momento em que dou risada, mas há fotos e vídeos; não tem como ser mentira. Pelo amor de Deus, vamos acabar com esses memes.
Fonte: IstoÉ