ALMT: Assentados pedem apoio para evitar despejo


06/11/2024 às 14:47
Redação

ALMT

A Procuradoria da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) será a interlocutora de mais de 400 famílias assentadas na comunidade Monte Sinai, em Cuiabá, que receberam ordem de desapropriação. O pedido foi determinado pelo presidente da ALMT, deputado Eduardo Botelho, durante reunião com representantes da comunidade, nesta terça-feira (05), na Presidência.  

Na oportunidade, os representantes explanaram sobre a preocupação de terem que sair da terra, que segundo os moradores, está consolidada com a produção da agricultura familiar. 

Dessa forma, uma comissão de moradores foi formada para acompanhar o desfecho.  A primeira assembleia no local, será no próximo dia 16, na Associação dos Pequenos Produtores Rurais Monte Sinai, com a participação da procuradora da ALMT, Fernanda Amorim.

“O deputado Botelho me convocou como procuradora da Assembleia para atuar como amiga da corte, no processo judicial que está na comissão de assuntos fundiários, do Tribunal de Justiça para manter a função social da propriedade mantendo os assentados que estão lá há mais de 20 anos. São mais de 400 famílias que podem ser despejadas, são hipossuficientes, e não têm quaisquer condições de irem para outro local. Por isso, sensibilizado, determinou que sejam feitos todos os estudos para solucionar a situação e manter essas famílias assentadas”, explicou Fernanda Amorim.

A comunidade sempre contou com Botelho, inclusive, o deputado destinou emenda de R$ 250 mil para a distribuição de mudas da planta medicinal Melaleuca, para o preparo de óleos essenciais, por meio do projeto 'Desenvolvimento de novos produtos e capacitação de mulheres em situação de vulnerabilidade social na cadeia produtiva de Plantas Medicinais, Aromáticas, Condimentares e seus produtos'.

“Recebemos os representantes da comunidade Monte Sinai, que foram surpreendidos com a ordem de despejo. Já estão lá há mais de 20 anos produzindo. Então, estamos designando a Procuradoria da Assembleia, vamos dar toda assistência para garantir que eles não saiam de lá, para garantir o direito dessas famílias”, afirmou Botelho.

Com 794 hectares, as 400 famílias assentadas no local há mais de 20 anos, estão confiantes em permanecer no local, com apoio da ALMT. 

Lucimaria Jesus Damasceno, moradora do Monte Sinai, desde 2016, cultiva abacaxi, maxixe, quiabo, cria porcos e galinhas. Ela conta que os desafios são grandes, pois além de viabilizar a regularização fundiária, buscam solução para falta  de água.

“Essa ordem de despejo nos deixou abalados, porque muitas famílias não têm para onde ir. São pessoas que estão lutando para ter um pedacinho de chão e criar suas famílias. Agora, fomos recebidos pelo deputado Botelho e vimos uma luz no fim do túnel. Botelho sempre trabalhou para ajudar os menos favorecidos. Antes, estávamos desamparados e desesperados! Agora, estamos mais tranquilos porque temos o apoio dele. Vamos lutar até o fim!”, afirma Lucimaria.

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