Mansão de Hebe Camargo não recebe ofertas em leilão, encalha e vira problema
Redação
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A famosa mansão de Hebe Camargo, localizada no Morumbi, em São Paulo, permanece sem comprador após duas tentativas de leilão que não atraíram qualquer oferta. Com cerca de 962 m², o imóvel recebeu uma avaliação inicial de R$ 8,2 milhões, mas foi oferecido a um valor mínimo de R$ 4,1 milhões, o equivalente a 50% de sua avaliação original.
Mesmo assim, nenhum interessado fez lances na primeira praça, realizada em setembro, nem na segunda, que ocorreu em 21 de outubro. Diante disso, a Justiça suspendeu a venda, o que abriu margem para uma análise do processo.
O processo de penhora da mansão, onde Hebe morou entre 1979 e 2000, começou após uma ação judicial movida pela WV Soluções Logísticas, que cobra dívidas da família de Lélio Ravagnani, empresário e ex-marido da apresentadora.
Desde que Hebe ficou viúva, a propriedade passou a integrar o patrimônio dos herdeiros de Ravagnani, que agora se encontram na batalha para definir o futuro do imóvel.
Família contesta valor da mansão em leilão
A família de Lélio Ravagnani contestou o valor mínimo de R$ 4,1 milhões estipulado no leilão. O filho do empresário, Lélio Ravagnani Filho, recorreu à Justiça para questionar o valor, considerado baixo, diante da avaliação de R$ 8,2 milhões realizada em 2022.
Com isso, o desembargador Alexandre Malfatti determinou a suspensão da venda da mansão até que novas deliberações aconteçam. De acordo com especialistas, o valor ofertado levou em conta o estado de conservação do imóvel. Além disso, pode ser reavaliado caso o bem retorne ao leilão.
O laudo pericial apontou sérios problemas estruturais na mansão, incluindo infiltrações, bolhas nas paredes e deterioração de quadros elétricos. Tais fatores contribuíram para a desvalorização do imóvel. Segundo o advogado Marcos Poliszezuk, os valores definidos para leilão judicial devem considerar o estado atual do bem, especialmente danos estruturais como os mencionados.
Futuro da mansão de Hebe depende de novas deliberações
O juiz Fábio Junqueira, responsável pelo processo de penhora, descreveu a situação da casa como “ruínas”. Ele destacou que uma tempestade em 2015 piorou as condições da propriedade. A suspensão da venda, determinada por Malfatti, segue o Código de Processo Civil. Este prevê que lances abaixo de 50% do valor avaliado são considerados “preço vil”. Por isso, sem um novo valor de avaliação, o leilão pode não prosseguir imediatamente.
Mesmo com suspenção da venda, o credor poderá solicitar a reabertura do leilão. Isso desde que cumpridas as normas processuais e respeitado o valor mínimo estipulado em lei. Caso um novo valor de avaliação surja, a mansão de Hebe Camargo pode retornar ao mercado com um preço revisado. Entretanto, por enquanto, o processo segue sem data para definição.
Fonte: Ofuxico