Enem 2024: Inep reforça segurança após ‘vazamento’ de tema da redação na última edição
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Imagem da folha da Redação do Enem de 2023
31/10/2024 às 08:04
Imagem da folha da Redação do Enem de 2023
Redação
Enem
O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), responsável pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), realizou alterações no sistema de segurança da prova para este ano após o tema da redação de 2023 ser “divulgada indevidamente” nas redes sociais antes do anúncio oficial da entidade.
De acordo com a PF (Polícia Federal), em 5 de novembro de 2023, durante a realização do Enem, uma pessoa contratada para aplicar a prova em Belém (PA) tirou uma foto da redação do exame às 13h50 e encaminhou a uma amiga.
Em contato com o site IstoÉ, o Inep informou que na ocasião, todos os participantes já estavam dentro das salas e realizando as provas, quando a redação foi divulgada antes do horário previsto. “Mesmo sem ferir a isonomia do exame, a Polícia Federal foi acionada para investigar os fatos e identificou a responsável”, declarou a entidade.
Segundo a PF, a conduta de utilizar ou divulgar indevidamente com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, pode gerar uma pena de reclusão de um a quatro anos de multa.
Confira as novas medidas de segurança adotadas:
Conforme o Inep, foi estabelecido um diálogo constante entre o instituto, a PF e a Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) para “definir melhores estratégias com objetivo de evitar a circulação de itens do exame fora do horário previsto”.
Ainda de acordo com a entidade, houve mudanças e ampliações nos procedimentos e valores da RNC (Rede Nacional de Certificadores), responsáveis por certificar a aplicação dos exames, registrar as informações da aplicação e comunicar o Inep sobre possíveis ocorrências identificadas durante a prova.
O Instituto também pontuou que os certificadores participarão no controle de uso de aparelhos eletrônicos pela equipe de aplicação. A entidade acrescentou que houve mudanças nos requisitos dos sistemas de seleção de pessoal da instituição aplicadora e uma empresa especializada em gestão de riscos foi contratada.
Segundo o Inep, a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) foi inserida nas apurações de segurança e na revisão dos protocolos de ações integradas. Ainda, ocorreu uma ênfase da temática de segurança na capacitação da equipe de coordenação e a entrega antecipada da base de dados dos colaboradores que atuarão na aplicação à PF para evitar fraudes.
Fonte: IstoÉ
